27 de abr. de 2011

OK! Confesso: não consigo ficar calado. Mas não dá pra ficar calado. Acabei de ver a notícia sobre os dados roubados de contas dos clientes do Playstation. Não fiquei nem um pouco surpreso, pelo mesmo motivo que senti que minha inteligência foi ofendida. Eu explico: após esse ataque, as empresas de games 'começaram' a estudar formas de evitar que o consumidor seja lesado. AGORA? Explico novamente: é conhecimento comum aos jogadores de The Sims (e da maioria das franquias de jogos com expansões) que, para garantir os lucros das empresas distribuidoras, os produtos são lançados no mercado antes de ficarem autenticamente prontos. Mais uma explicação: Foram 'popularizados' os famosos patches, pacotes de correção do programa, disponíveis aos usuários dos jogos, para consertar as falhas de programação. Retornando ao The Sims, a distribuição de programas inacabados chegou a tamanha proporção que um dos pacotes de expansão distribuídos era um tormento para os jogadores, por causa da quantidade infindável de falhas que travavam e, em alguns casos, danificavam o jogo. O suficiente para haver clientes, do mundo inteiro, reclamando no site oficial, na sessão do pacote de expansão, que era quase que exclusivamente dedicada às reclamações. Foi onde vi uma corajosa declaração de uma das usuárias, onde ela explicava a solução dessa matéria, motivo da ofensa à minha inteligência. Ela disse que sentia-se prejudicada pois, como consumidora, tinha direito a um produto íntegro e funcional, e ofendida por receber tantos pedidos da EA Games de colaboração na melhoria do programa pois, se o programa fosse entregue como devido, eles não precisariam pedir a colaboração dos clientes. Eis, meus caros, a vossa resposta; o motivo de milhares de dados pessoais terem sido roubados por um hacker; o motivo da minha inteligência sentir-se ofendida: vocês, distribuidores de jogos eletrônicos, não certificam-se, sequer esperam que os produtos que lançam no mercado fiquem prontos. Mas, como disse minha companheira ofendida de The Sims, parece que tornou-se hábito utilizar os consumidores como testers.

21 de abr. de 2011

Uma noite de negligência muito negligenciada...

        Eu não preciso dizer que AMO Glee. Está no meu computador, no meu celular, no meu facebook, e até no meu blog. Então também não preciso dizer o quanto estou decepcionado com "A Night of Neglect", 17º episódio da segunda temporada e 39º da série. Quem ainda não assistiu, melhor nem perder tempo. E não é por causa da personagem da Jane Lynch, perdida na série, sem nenhuma função concreta, ou do fim do casamento quase repentino da personagem de Jayma Mays, menos ainda pela Gwyneth Paltrow ter aparecido para despedir-se quando o Jonh Stamos sequer em fotos. Isso são detalhes de produção, falhas comuns na dramaturgia, do mais porco folhetim brasileiro ao mais preciso musical da Broadway.
        Estava eu assistindo, feliz e contente, ao, finalmente, depois de um mês de negligência, novo episódio, o que deixou muito animado, mesmo tendo começado tão morno. Me animei mais ainda ao aparecer a idéia pro show, com músicas de artistas "negligenciados". Mas foi na hora do show que começou a tragédia: só haviam seis, eu disse SEIS, pessoas na platéia.
        Engoli a forçação do "loser" e continuei assistindo, na esperança de ser mais um plano infalível da Cebolinha da série. Principalmente ao vê-la esforçando-se para boicotar ao máximo um show cuja audiência de seis espectadores contava com quatro de seus soldados do mal. E segui assistindo, pensando com meus borbotões que esses alunos são realmente perdedores natos, pois nem seus pais apareceram. Aliás nem os pais deles nem os dos integrantes da banda! Isso daria em torno de 34 pessoas a mais na platéia...
        Aí veio o número da substituta. Eu olhei pra ela e pensei "ela conhece mais pessoas que todas as personagens da série, é impossível que não haja nin-" E aqui meu pensamento parou, pois aparecerem duas dúzias de violinistas no palco. "Só pode ser armação da Sue. Ela mandou o endereço errado pra todo mundo." Ai, me enganei porque quis... Mas quando veio o número da Mercedes, eu perdi todas as esperanças: Uma apresentação, no melhor estilo gospel, com o CORO DA IGREJA do qual a própria Mercedes é integrnte (que já apareceu no episódio Grilled Cheesus, o terceiro da temporada e 25º da série), um coro de VINTE E QUATRO cantores!
        C*R*LH*! Igreja é boca-a-boca! A única sabotagem possível seria trancar as portas da escola, o que não aconteceu segundo eventos do episódio, e nem teria dado certo. Enfim, a única explicação "engolível" (não é lógica, pois o lógico seria que houvesse alguns gatos pingados a mais indo, genuínamente, assistir ao show; não é plausível, pois só é desculpa pra faltar em compromissos no Rio de Janeiro; sequer é degustável, pois é bem nojenta mesmo) é a chuva que apareceu em UMA CENA de um episódio com personagens incrivelmente SECOS!
        E apesar de ter seus pontos altos (como a interpretação de "All By Myself" pela incrível Charice), o episódio ficou ruim (não quero usar um termo mais incisivo e claro que ruim para não depreciar o termo): Mal escrito (sério, roteiros de Manoel Carlos e Tiago Santiago são mais bem estruturados), com falhas sérias de continuação (a chuva que o diga) e inteiramente inconsistente com o estilo e com o histórico da série. Não vou nem entrar no mérito da inconsistência com a "realidade", que isso nem faz parte do show.
        No fim das contas, o pior não é um episódio tão ruim vir "logo" após o segundo melhor episódio da série. O que realmente entristece é a sensação que dá, ao assistir o episódio, de que a série, finalmente, desandou, e de que é hora de prestar luto a Glee até que, por um incrível milagre, resurja das cinzas.





P.S:    Smallville, que está agora em sua décima (e última) temporada faleceu no episódio 28 (sétimo da segunda temporada) e renasceu somente no episódio 185 (11º da NONA temporada). Será que Glee chega a tanto?